Onde as pessoas convivem por muitas horas, como acontece com equipes de trabalho, é normal que exista liberdade para brincadeiras e descontração. A questão é: como o empregador deve lidar com essas brincadeiras no ambiente de trabalho?
Brincadeiras tendem a ocorrer por parte dos colaboradores e gestores independente do tipo de ambiente da empresa, seja ele mais sóbrio ou mais casual. E, diferente do que alguns pregam, não é necessário proibi-las – além de tal postura ser extremamente ineficiente.
O papel e a responsabilidade da empresa diante de brincadeiras da equipe no ambiente de trabalho
Da mesma forma como a empresa tem o poder de disciplinar e conduzir a realização do trabalho, é dela a responsabilidade por manter um ambiente de trabalho sadio e respeitoso.
Abrir mão de conduzir e controlar algum aspecto do que acontece no ambiente de trabalho pode, portanto, custar caro.
Mas é claro que não se espera que a empresa controle cada expressão e interação entre os empregados. O que precisa ocorrer são orientações claras sobre limites e respeito, um canal aberto para ouvir reclamações e disposição para intermediar conflitos quando necessário.
Como gestores podem ajudar a manter um ambiente de trabalho saudável
O tipo de brincadeira e a frequência com que acontecem podem (e devem) ser limitadas pelo empregador.
É importante que o gestor da equipe converse com os colaboradores, expondo valores e filosofia da empresa e o que se espera deles para que o ambiente laborativo seja saudável para todos.
A empresa deve buscar uma comunicação clara e objetiva com os colaboradores, para que saibam que mesmo sendo um ambiente com bom humor, deverão se pautar pelo profissionalismo e respeito.
No mais, os gestores devem ser exemplo de como se portar no ambiente de trabalho. Brincadeiras ou apelidos que possam ofender alguém devem sempre ser evitados. Em alguns momentos é melhor pecar pelo excesso de cautela.
Caso o empregador verifique algum tipo de brincadeira ou apelido desrespeitoso, vale conversar em particular com o empregado, para que tal atitude não continue, pois cabe à empresa assegurar um ambiente de trabalho saudável.
Como agir com quem passa dos limites nas brincadeiras no trabalho
Se o empregador verificar que, após conversa inicial, determinado empregado continua com brincadeiras impróprias, deverá adverti-lo por escrito.
Se mantida a postura inadequada, o empregador deve suspender e até mesmo dispensar por justa causa o funcionário, desde que respeitada a gradação das penalidades.
É importante lembrar que a aplicação de penalidades não visa prejudicar o empregado, mas lhe dar uma chance de mudar seu comportamento inadequado.
Por outro lado, seguir uma lógica e ir tornando as penalidades mais severas não só comunica a gravidade da situação, como também garante um histórico importante para a empresa.
Como agir na prática sobre as brincadeiras no ambiente de trabalho
Assim, a proibição de brincadeiras não é o melhor caminho, mas o empregador deve estar constantemente atento à qualidade do ambiente de trabalho que a empresa proporciona aos empregados – intervindo sempre que necessário.
Para isso, uma das medidas mais importantes é investir em canais seguros e uma comunicação clara.
Para garantir ainda mais segurança, tenha um advogado trabalhista empresarial da sua confiança, apto a orientar gestores e sócios sobre os melhores procedimentos e posturas.
O objetivo do nosso blog é a troca de informações e a difusão de conhecimento jurídico com linguagem acessível. Nesse espaço, não prestamos qualquer tipo de consultoria ou análise de casos específicos.
