O Brasil ultrapassou a marca dos 100 empreendimentos sustentáveis certificados LEED (Leadership Environmental and Energy Design), uma marca histórica, e conquistou mais um degrau rumo à liderança mundial em construções sustentáveis – hoje o País está em 4º, atrás apenas de Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Desde a chegada do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), organização que fomenta a construção sustentável e promove a certificação LEED no País, em 2007, houve grandes mudanças culturais em nível nacional: a sustentabilidade ganhou consistência e tornou-se mais viável, o que favoreceu o desenvolvimento dos green buildings brasileiros.
De acordo com Marcos Casado, diretor técnico e educacional da organização, o Brasil tem crescido no que diz respeito a construções sustentáveis. “Em 2012 havia uma média de 16 registros por mês em busca da certificação, ao passo que nos primeiros cinco meses de 2013 o número cresceu mais de 40%, chegando a 22 solicitações por mês”. Para conseguir o selo, é necessário atender a critérios como eficiência energética; uso racional de água; qualidade ambiental interna; uso de materiais, tecnologias e recursos ambientalmente corretos, entre outras ações que minimizem os impactos ao meio ambiente. Dos 100 que receberam o selo, três já obtiveram o nível Platinum (máximo). Hoje os grandes destaques na busca pela certificação LEED são os estádios-sede da Copa do Mundo.
Um total de 65% das 100 edificações é de caráter comercial ou escritórios, mas é interessante verificar que o custo-benefício da adoção de medidas sustentáveis vem atraindo diferentes tipos de empreendimentos. “Além dos números expressivos, o setor deve comemorar a busca pela certificação por empreendimentos dos ramos industrial, fabril, esportivo, hoteleiro, varejista e hospitalar, por exemplo. Prova disso é que o centésimo empreendimento LEED no Brasil é um centro de manutenção de uma garagem de ônibus rodoviários, fato inédito”, destaca Casado. Os benefícios da adoção das medidas vão da redução de ao menos 30% no consumo de energia, de 50% no volume de água consumida, de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de 65% na geração de resíduos, além da economia operacional mínima de 8%.
Fonte: Obra 24 horas