Fonte: Revista Construção Mercado
O resultado acumulado do volume de vendas de materiais de construção no varejo, até agosto desse ano, foi de 8,7%. O valor estimado entre 2012 e 2011 chegou a 8,2% e o projetado para 2013 é de 6%. A produção física da indústria de materiais deve alcançar, no fim de 2012, 1,9% – e em 2013, 4,2%.
O que impulsiona a projeção de recuperação das atividades e crescimento para o ano de 2013, segundo as entidades, é a mudança na composição da demanda, que hoje é composta da seguinte maneira: 47% famílias, 31% setor imobiliário e 22% setor de infraestrutura. A expectativa é de que no ano que vem o setor de infraestrutura aumente sua participação nesse índice, as famílias permaneçam com igual participação e o setor imobiliário tenha uma pequena queda (devido ao número menor de lançamentos).
Segunda revisão
Mesmo apresentando perspectivas de melhorias para o próximo ano, o presidente da associação, Walter Cover, afirmou que a projeção de crescimento de vendas de 2012 deve ser reduzida pela segunda vez. “Vamos revisar de 3,4% para algo entre 2% e 2,5%. Estamos aguardando os dados de outubro para fechar exatamente esse valor”, afirma Walter. No início de 2012, a expectativa de faturamento para o ano era de 4,5%. Devido ao fraco desempenho no segmento, em maio, a previsão de crescimento para 2012 em relação a 2011, foi revisada para 3,4% e agora sofrerá nova revisão.
De acordo com a Abramat e a FGV, essa desaceleração na indústria de materiais é resultado da baixa participação do setor de infraestrutura esse ano. Em 2011, a demanda em infraestrutura era de 25% e em 2012 esse valor caiu para 22%. Os resultados negativos – não esperados – do mês de setembro também impulsionaram essa segunda revisão.
Durante o evento também foi apresentado o estudo completo do Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais e Equipamentos referente ao ano de 2011. O estudo elaborado pela Abramat em parceria com a FGV apresenta, anualmente, os números mais relevantes da cadeia produtiva da construção. As principais novidades do documento são o mapeamento dos canais de distribuição dos produtos da indústria de materiais e os resultados da pesquisa detalhada do perfil de despesas das famílias brasileiras com materiais de construção.